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 resolver as dúvidas surgidas após as apresentações finais de uma concorrência convencional, Outside-In. E isso acontece por ser uma forma transparente e flexível, que permite ver “a cozinha” da agência de diferentes ângulos.
Os argumentos que nos direcionaram à criação do modelo Inside-Out estão inspirados em uma etapa que sempre considerei fundamental dentro dos processos Outside-In que fazíamos: a reunião que precedia as apresentações finais na qual, durante uma hora e meia, estimulávamos conversas entre ambas as equipes a fim de entender como a agência pensava e como as equipes se relacionavam entre si. Por trás disso estavam camufladas duas intenções fundamentais - o meio, que passava a ser mais importante que o fim; e a relevância dada às pessoas, os profissionais reais do dia a dia. Sempre considerei essa etapa a hora da verdade, mas dificilmente encontrava um cliente decidido a terminar o processo aí. Ao final, o cliente queria uma proposta mais palpável, convincente e interessante.
Foi então quando nos vimos diante da oportunidade de implementar a mudança. A BRF parecia aberta a uma forma mais real e transparente de avaliação. Graças a essa abertura, começamos a estudar uma maneira de criar variáveis que levassem a uma decisão mais assertiva. Nessa direção, criamos caminhos que ofereciam mais realidade, transparência. Aos poucos surgia um novo modelo que observa a agência por dentro, uma vez que coloca as pessoas em primeiro lugar, bem como sua forma de trabalhar. Onde o meio é mais importante que o fim.
O racional que guiou sua criação deriva da premissa básica de que este é um negócio feito por pessoas - uma afirmação óbvia, mas ainda pouco praticada na realidade. Se eu escolho uma agência hoje, amanhã estarei sentada com suas pessoas para resolver problemas e identificar oportunidades. Então, por que não avaliar (antes) com quem prefiro ter conversas desse tipo?
Assim, o processo passa a ser mais divertido, criativo, construtivo, simples, objetivo, real e, sobretudo, humano. É humano porque permite conhecer a agência de dentro para fora; por demonstrar respeito pela agência, por suas pessoas e por seus clientes atuais; por celebrar os talentos individuais e senso de equipe – diferente do One- Man Show – tão pretérito, tão Mad Men. Enfim, é humano porque faz brilhar quem tem que brilhar – suas pessoas.
Bem-vindos a uma alternativa mais justa e sempre aberta a melhoras. Porque em se tratando de pessoas estaremos sempre em estado beta. Mas pensamos que mais importante que ser perfeito, deve ser real para oferecer elementos relevantes para otimizar a decisão. E é isso que acreditamos e defendemos na prática.
THE PARTNERS BOOK 2021
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